A Utilidade do Verso
Um diálogo simples pode tornar-se uma pérola valiosa na Literatura
e os vexames recriados e as torturas desencadeadas também...
Quem dará conta de si na euforia da criação?
Ou morrerão as idéias como tudo que já tornou passado?
Buscaremos o salvador, o ídolo, o mito, o herói, o santo?
Saltam as marcas encravadas pelo sol de cada dia.
Os olhos ardem e choram, vencidos, diante do abismo,
mas há uma calma lógica que a respiração molda.
Tudo é visão inevitável
repleta de sensores que comunicam o espírito,
como charretes que carregam orgulho e felicidade,
como um sorriso sincero,
e as brincadeiras que escondem pequenas malícias...
Por aqui há reflexos das guerras
e dos poderes que coexistem em outros poderes.
Façanha que arranha a convivência dos dias,
inércia de classes diante dos indivíduos perdulários
que esqueceram os óbitos...
néscios, rêmoras, sanguessugas, inquilinos da maldade
em aparente bondade global!
Eles, estes, destes, daqueles, deles... a culpa infinda dos homens!
Perdoar? Esquecer as leis, as normas?
Fazer da poesia a ponte
onde há fonte de múltiplos versos,
que indagam pontos de vista,
à vista dos vocábulos até hoje proferidos...
Há uma falta de tempo para meditar sobre os enterros diários,
e uma tristeza explícita causada por bélicas intrigas e mega-interesses,
em nome de deuses, em nome dos tráficos influentes, em nome do terror,
sem nomes, por coisas fúteis, acidentes, catástrofes...
Há dias amargos...horas vãs...segundos que se perdem agora
e um silêncio vencendo a memória...indo e vindo em cada amanhecer.
Há uma flor ferida, ressaca da passagem das décadas,
um inferno que se acentua no mundo.
E, aqui, a poesia vai colhendo suas imagens...
Acolá, há óleos assassinos, manchas pretas,
e uma tristeza explícita causada por bélicas intrigas e mega-interesses,
em nome de deuses, em nome dos tráficos influentes, em nome do terror,
sem nomes, por coisas fúteis, acidentes, catástrofes...
Há dias amargos...horas vãs...segundos que se perdem agora
e um silêncio vencendo a memória...indo e vindo em cada amanhecer.
Há uma flor ferida, ressaca da passagem das décadas,
um inferno que se acentua no mundo.
E, aqui, a poesia vai colhendo suas imagens...
Acolá, há óleos assassinos, manchas pretas,
viuvez de pássaros e peixes.
Lá e aqui, onde se envereda este poema comprido,
que tenta redesenhar o que se passa e o que passou...
Acolá, como uma tela à mostra,
- Não tão bela quanto uma paisagem de Monet,
nem tão surpreendente quanto um atrativo mistério -
distorcida em glórias e troféus
sobre o alvoroço das vidas silenciadas:
meninos de rua, balas perdidas, armas indevidas,
sabores embriagados, sons mudos vindos das esferas...
Neste lado de cá, um poema entre minúsculas e maiúsculas,
se detém nos afazeres digeridos, artesanais, manuais e digitais.
Um relógio a sugerir meio dia, meia noite,
e os sentidos grudados no verso...
O poema não ouve o choro, que não chora, mas registra as lágrimas.
O poema renuncia as extravagâncias desordenadas, molestuosas.
Nega o desperdício dos alimentos pela ignorância generalizada.
Desrespeita as leis criadas por mandantes e mandatos.
Observa o novo e o velho, o místico e o mítico
e tudo que seja útil ou farto
nesta distância entre riqueza e miséria...
Benfazejos os versos que rejubilam
Lá e aqui, onde se envereda este poema comprido,
que tenta redesenhar o que se passa e o que passou...
Acolá, como uma tela à mostra,
- Não tão bela quanto uma paisagem de Monet,
nem tão surpreendente quanto um atrativo mistério -
distorcida em glórias e troféus
sobre o alvoroço das vidas silenciadas:
meninos de rua, balas perdidas, armas indevidas,
sabores embriagados, sons mudos vindos das esferas...
Neste lado de cá, um poema entre minúsculas e maiúsculas,
se detém nos afazeres digeridos, artesanais, manuais e digitais.
Um relógio a sugerir meio dia, meia noite,
e os sentidos grudados no verso...
O poema não ouve o choro, que não chora, mas registra as lágrimas.
O poema renuncia as extravagâncias desordenadas, molestuosas.
Nega o desperdício dos alimentos pela ignorância generalizada.
Desrespeita as leis criadas por mandantes e mandatos.
Observa o novo e o velho, o místico e o mítico
e tudo que seja útil ou farto
nesta distância entre riqueza e miséria...
Benfazejos os versos que rejubilam
e multiplicam os poemas necessários:
viva os que replantam o pau-brasil,
os que não jogam plástico a esmo,
os que reciclam o lixo,
os que diuturnamente fazem uso dos princípios e direitos...
Viva a notícia verdadeira,
os que defendem o mundo holístico
os que ousam acreditar na possibilidade da aurora e do ocaso
viva os que replantam o pau-brasil,
os que não jogam plástico a esmo,
os que reciclam o lixo,
os que diuturnamente fazem uso dos princípios e direitos...
Viva a notícia verdadeira,
os que defendem o mundo holístico
os que ousam acreditar na possibilidade da aurora e do ocaso
e na possibilidade do amor que se eterniza no tempo...
Genny Xavier.
2006.
Itabuna-Bahiahttp://badeguardados.blogspot.comLevy Compartilha
Amigo Levy,
ResponderExcluirAgradeço a gentileza pela divulgação do poema. É um prazer fazer parte de uma das postagens do seu blog, espaço tão interessante de questionamento dos valores éticos e de cidadania.
Um abraço,
Genny
Compartilhando As Indagações sobre o verso, enriquecemos o nosso espaço, e assim vamos alinhavando com os dons e os saberes de cada um buscando este Pensar Coletivo.Obrigado Genny, Baú de Guardados será sempre recomendado pelo feeling que ele oferece.
ResponderExcluirAbs.